Instituto Chão

No coração da Vila Madalena, em São Paulo, está o Instituto Chão, uma associação sem fins lucrativos, que conta com um espaço de convivência para experimentação de novas formas de relação. O espaço oferece uma mercearia com produtos orgânicos e artesanais, além de um café. Lá encontraremos uma grande variedade de produtos: pães, geleias, molhos de tomate, temperos, hortifrutis, queijos, bebidas, e até congelados. Há também comércio de plantas e cerâmicas. A novidade boa é que todos os produtos são vendidos a preço de custo, direto do produtor! Quem costuma comprar produtos orgânicos sabe que o valor é bem superior ao dos produtos comuns, mas no Instituto Chão o preço honesto é o que chama a atenção. Fiz umas comprinhas lá essa semana e vejam como valeu à pena!

Suco de maçã integral 300ml: R$5,39 Suco de Molho de tomate orgânico 570g: R$12,25
Sal com ervas orgânico 200g: R$5,13
Queijo de coalho (leite de cabra) 180g: R$4,50

Além dos preços atrativos, o espaço é super aconchegante, e o café uma delícia!

Instituto Chão

Rua Harmonia, nº123.
Vila Madalena – São Paulo.
Funcionamento: ter a sáb das 10h às 20h.
http://www.institutochao.org/

Geleia de pimenta

IMG_9155Posso dizer que não sou uma pessoa muito resistente à pimenta. Geralmente não me arrisco nas pimentas dos restaurantes baianos, indianos, tailandeses… Sempre peço os pratos que têm níveis mais baixos de “picância”. No entanto, aos poucos, estou me forçando a experimentar mais os temperos mais ardentes! E acho que estou progredindo, pois não me imaginaria a tempos atrás, comendo uma geleia de pimenta. E não é que hoje em dia eu adoro?! Bom, primeiro que ela é agridoce, picante e adocicada ao mesmo tempo, e eu amo esse contraste! Segundo que ela não é tão forte assim, pelo menos para o meu paladar atual. E terceiro que ela vai bem com tudo, com doces, com queijos, com carnes, ou até mesmo para comer com uma torradinha. Tem como não gostar?!

Rende aproximadamente 200g.

Ingredientes:

– 2 pimentas dedo-de-moça.

– 200ml de suco de laranja.

– 1 xícara de chá de açúcar.

– 1 maçã sem casca ralada.

– 1 dente de alho amassado.

– sal a gosto.

Modo de preparo: Cortar a pimenta dedo-de-moça ao meio e com a a ajuda de uma colherzinha de café ou faca, remover as sementes. Cortá-las em pequenos cubos. Em uma panela, juntar a pimenta picada com o suco de laranja, o açúcar, a maçã ralada, o alho e o sal. Misturar bem até diluir o açúcar. Levar para cozinhar em fogo baixo por aproximadamente 40 minutos, ou até ficar em ponto de geléia. Passe para um pote de vidro esterilizado e com tampa. Conservar em geladeira por no máximo 15 dias.

Dicas

Eu, que não sou muito resistente a pimenta, acho a ardência dessa receita bem leve. No entanto, se achar muito picante, pode acrescentar água ou mais suco de laranja. Se achar muito leve, pode carregar mais na pimenta ou até mesmo acrescentar algumas sementes à receita.

Pode ser utilizado qualquer tipo de maçã. Eu costumo usar a fuji.

Eu reutilizo potes de vidro para conservas e geleias feitas em casa. Porém, primeiro eles devem ser muito bem esterilizados. Para isso, leve bastante água para ferver numa panela grande; coloque o vidro e sua tampa na panela e deixe ferver por no mínimo 15 minutos. Após retirar o vidro da água quente, não coloque em nenhuma superfície muito gelada, pois o vidro pode estourar. Espere o pote esfriar para utilizá-lo.

Strogonoff de carne

IMG_9126Apesar do Strogonoff ser um prato de origem russa, ele tornou-se muito popular também em outras partes do mundo: em vários países da Europa, dos Estados Unidos, e inclusive no Brasil. E como não podia deixar de ser, cada região fez a sua adaptação e portanto, hoje em dia, o prato tem muitas variações da sua receita original. A que eu costumo fazer também não é nenhuma receita super tradicional não. Assim como  a maior parte dos pratos que faço, eu vou adaptando ao meu gosto, aos ingredientes que tenho à mão no momento, e claro, à praticidade de execução. Com o Strogonoff não é diferente. Por exemplo, eu não flambo a carne… Afinal, não é todo mundo que tem um conhaque em casa dando sopa. E no final das contas, eu acho que o fato de não flambar não faz taaanta diferença assim no todo. Bom, vocês podem testar a receita e depois me dizer o que acharam! Serve duas pessoas.

Ingredientes

– 2 colheres de sopa de manteiga.

– 350g de filé mignon cortado em cubos.

– 1/2 cebola picada.

– sal a gosto.

– pimenta-do-reino a gosto.

– 50 g de champignons em conserva fatiados.

– 1 tomate pelado picado (uso os de lata)

– 2 colheres de sobremesa de ketchup.

– 1 colher de sobremesa de mostarda.

– 3 colheres de sopa de creme de leite sem soro.

Modo de preparo: Em uma panela, derreta 2 colheres de sopa de manteiga e refogue a cebola. Adicione a carne, e doure em fogo alto para não juntar suco. Se juntar mesmo assim, cozinhe até que seque um pouco. Tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Junte os champignons. Acrescente os tomates, o Ketchup e a mostarda e misture bem. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por cerca de 5 minutos. Incorpore delicadamente o creme de leite e retire do fogo antes de ferver. Sirva com arroz branco e batata palha.

Dicas

Para dar um sabor especial, adiciono algumas gotinhas de molho inglês na carne ( umas 5 ),  ao mesmo tempo que tempero com sal e pimenta.

Se você não quiser usar filé mignon, pode substituir por contra-filé ou alcatra. Diferentemente do não uso do conhaque, isso altera um pouco o sabor, mas também fica gostoso!

Nhoque de banana-da-terra com couve e farofa de bacon

Já experimentou nhoque de banana-da terra? Delicioso, fácil, e para os celíacos é uma ótima opção pois é uma receita sem glúten.  Vale a pena experimentar!

A banana é uma fruta super versátil! É muito utilizada no preparo de doces, mas no Brasil também é muito usada em diversos pratos salgados, na maioria das vezes como acompanhamento: pode ser utilizada na farofa, pode ser usada para fazer purês, ou na versão à milanesa ou frita para acompanhar carnes ou peixes. No entanto, hoje a banana deixará de ser coadjuvante e atuará como personagem principal no “Quem tem medo de cozinha?”.

Nunca havia comido o nhoque de banana-da-terra antes. O que posso dizer, é  que tem um sabor bem peculiar, porque apesar de levar queijo na massa, ele fica realmente com bastante gosto de banana e levemente adocicado. Porém, a farofa de bacon que vai por cima e a couve que se mistura ao nhoque, fazem a combinação de sabores e texturas perfeitas para o prato. A crocância e o salgado do bacon fazem o complemento à maciez e ao adocicado do nhoque e a couve entra com a liga que faltava, já que essa versão do prato não leva molho. Uma delícia!

Ingredientes
– 2 bananas-da-terra.
– 3 fatias de bacon (aqueles comprados já fatiados).
– Couve manteiga cortada em tirinhas.
– 1/2 xícara de chá de amido de milho.
– 1/4 xícara de chá de água.
– 1/2 xícara de chá de queijo meia-cura ralado fino.
– 6 colheres de sopa de azeite.
– sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de Preparo

Para a farofa de bacon: forrar um prato com duas camadas de papel-toalha. Distribuir as fatias de bacon sobre o papel, uma ao lado da outra, sem encostar. Cobrir com mais duas camadas de papel-toalha e leve ao micro-ondas por 2 minutos, em potência alta. Retire e verifique: se o bacon ainda não estiver dourado, leve para rodar por mais 30 segundos. Quando estiver frio, pique fininho com a faca ou soque no pilão, até formar uma farofa.

Para o nhoque: levar as bananas com casca ao forno pré-aquecido a 180ºC por 15 minutos, ou até que a casca fique bem escura e o interior macio.

Assim que as bananas esfriarem, corte cada uma ao meio e retire a polpa com uma colher. Transferir para uma panela média. Bater com o mixer, até formar um creme liso ou, se preferir, amasse com um garfo. Numa tigelinha, misturar o amido de milho com a água, até dissolver. Juntar ao creme de banana e levar ao fogo médio para cozinhar por cerca de 5 minutos, sem parar de mexer, até soltar do fundo. Temperar com sal e pimenta-do-reino, juntar o queijo e misturar bem. Transferir a massa pronta para uma tigela e deixar esfriar até conseguir manusear. Com as mãos, retirar uma porção e fazer rolinhos de cerca de 1 cm de diâmetro. Cortar essas cobrinhas na diagonal, a cada 2 cm, para formar os nhoques. Repetir com toda a massa.

Levar uma frigideira grande, de preferência antiaderente, ao fogo médio. Quando aquecer, regar com 2 colheres de sopa de azeite e juntar metade dos nhoques. Deixar dourar por cerca de 1 a 2 minutos de cada lado e transfira para um prato. Repetir com a massa restante.

Regar com mais 2 colheres de sopa de azeite e refogar a couve até amaciá-la. Temperar com sal e pimenta-do-reino a gosto. Voltar os nhoques para a frigideira, misturar com a couve e transferir para dois pratos. Salpique cada porção de nhoque com a farofinha de bacon crocante e sirva a seguir.

 Essa receita serve apenas 2 pessoas.

Dica

Na receita original, a couve é usada cortada em pedaços, e não tem tirinhas. Achei que, como o nhoque não leva molho, a couve ficaria melhor cortada em tiras finas para dar a liga, e fiz a minha adaptação. Achei mais prático também, pois já comprei a couve fatiada. No entanto, se quiser seguir a receita original, faça dessa forma: lave e seque as folhas de couve. Retire e despreze o talo central de cada folha. Rasgue com as mãos para formar pedaços médios, do tamanho de folhas de espinafre. O modo de preparo é igual ao que está descrito na receita acima.

Pãozinho com mozzarella, alho e ervas

A semana mal começou e já terminou. Um feriado prolongado assim no meio do ano, quando a gente já está pedindo férias, cai muito bem, né? E o que cai bem também e combina perfeitamente com véspera de feriado, são esses deliciosos pãezinhos, que são ótimos para petiscar! Apesar de ter que sovar a massa e esperar o tempo de fermentação, eles são bem simples e fáceis de fazer. Os meus já estão aqui, prontinhos, só esperando o happy hour para serem devorados! 😍 🍺

Para a massa

– 1 3/4 xícara de chá de farinha de trigo.

– 1 colher de chá de fermento seco instantâneo.

– 1/2 colher de chá de sal.

– 1 colher de sopa de azeite extravirgem.

– 1/2 xícara de chá de água quente.

Modo de preparo: juntar a farinha, o fermento e o sal em uma tigela grande e abrir uma cavidade no centro. Adicionar o azeite e a água e misturar até formar uma massa homogênea. Sovar em uma superfície enfarinhada por 5 a 10 minutos, até a massa ficar macia e elástica. Colocar em uma tigela untada com azeite e cobrir com filme plástico. Deixar descansar em local aquecido por cerca de 1 hora ou até dobrar o volume.

Preaquecer o forno a 220º e untar a forma. Dividir a massa em 8 partes iguais,  modelar os pães em bolinhas e dispor na forma afastados uns dos outros, pois irão crescer. Passar para a parte da cobertura.

Para a cobertura

– 2 colheres de sopa de azeite extravirgem.

– 2 dentes de alho amassados.

– 150 g de mozzarella fatiada.

– pimenta-do-reino a gosto.

.- Alecrim e tomilho

Modo de preparo: misturar o alho com o azeite e espalhar sobre os pãezinhos. Cobrir com o queijo e temperar com pimenta-do-reino. Assar por cerca de 15 minutos ou até dourar e gratinar o queijo. Retirar do forno e salpicar tomilho e alecrim. Servir em seguida!

Dicas

Podemos fazer outras variações de cobertura, ao invés de tomilho e alecrim, podemos salpicar salsinha sobre o queijo, por exemplo. Também fica uma delícia!

Bolo invertido de banana

Segunda-feira, primeiro dia do mês de junho e parece que o frio chegou pra ficar em São Paulo. Dezessete graus, tempo nublado, garoa fina. A semana começa tranquila, e no meio da tarde, vem uma vontade repentina de comer o bolo de banana invertido que a minha mãe costumava fazer na minha adolescência. Primeiro ela caramelizava a forma e então eu sentia aquele cheirinho de açúcar queimado vindo da cozinha. Depois, quando ela colocava o bolo para assar, era o cheiro do caramelo misturado com as bananas que perfumava a casa inteira. Mergulhada em minhas lembranças olfativas, percebo que não conseguirei passar essa tarde sem o bendito bolo da minha mãe. Vou pra cozinha e começo a produção. No fim da tarde, aqui estava eu, sentada no sofá, me deliciando com uma xícara de café e uma fatia generosa de bolo invertido de banana!

Para o caramelo

Ingredientes

– 1 xícara de açúcar.

– 1/2 xícara de água.

– 3 bananas nanicas grandes cortadas em fatias finas, no sentido do comprimeto.

Modo de preparo: levar o açúcar na própria forma, diretamente à boca do fogão e em fogo baixo, até derreter e começar a caramelizar. Adicionar a água e ir girando a forma para que os cristais de açúcar dissolvam por completo. Utilizar um pano de prato ou luva térmica para segurar a forma, pois ela estará muito quente! Quando a calda estiver pronta, colocar as bananas cortadas até preencher o fundo da forma.

Para o bolo

Ingredientes

– 3 ovos.

– 1 xícara de açúcar.

– 1/2 xícara de maisena.

– 1 1/2 xícara de farinha de trigo.

– 2 colheres de sopa de margarina.

– 1/2 xícara de leite  em temperatura ambiente.

– 1 colher de sopa de fermento em pó.

Modo de preparo: bater as claras dos 3 ovos em neve e reservar. Bater as 3 gemas, o açúcar e a margarina na batedeira até dobrar o volume. Ir acrescentando aos poucos a farinha de trigo misturada com a maisena e o leite. Acrescentar as claras em neve até incorporá-las à massa e por último, adicionar o fermento. Jogar a massa na forma, sobre as bananas com o caramelo e levar ao forno pré-aquecido, a 180º por aproximadamente 30 minutos. Desenformar ainda quente.

Dicas

Cuidado ao fazer a calda de caramelo para que ela não escureça demais e acabe ficando amarga.

Depois de bater a mistura de gema, açúcar e margarina na batedeira, misturei os outros ingredientes com um batedor de arame, na mão. Dizem que dessa forma, sem bater a farinha na batedeira, o bolo fica mais fofinho.

Para essa receita, foi usada uma forma de 24cm de diâmetro.